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domingo, 30 de junho de 2013

Torcedor do Fla ironiza estilo de jogo espanhol em cartaz: 'O tic-tac parou'

Na vitória do Brasil sobre a Espanha por 3 a 0, pela final da Copa das Confederações, rubro-negro exibe placa na arquibancada com 'brincadeira'




Com uma grande atuação, a seleção brasileira parou a Espanha no Maracanã. Neste domingo, o Brasil atropelou Xavi, Iniesta e compahia na final da Copa das Confederações por 3 a 0 e conquistou pela quarta vez o título na competição. Fred, duas vezes, e Neymar marcaram os gols da partida. Talvez nem mesmo o mais otimista, a exemplo do técnico Felipão, teria imaginado um roteiro tão brilhante para a grande decisão, quando a equipe canarinho travou com bravura o tic-tac espanhol - estilo baseado no toque de bola. Com a vitória já encaminhada, um torcedor do Flamengo aproveitou o momento de superioridade da Seleção para exibir um cartaz: “Eu já sabia! O tic-tac parou!”


Flamengo x Coritiba: ingressos à venda a partir de segunda-feira

Renda do jogo em Brasília será toda destinada ao clube carioca


Com a confirmação do jogo entre Flamengo e Coritiba, no próximo sábado, dia 6, no Mané Garrincha, em Brasília,  os ingressos para a partida que marca o retorno do Campeonato Brasileiro começam a ser vendidos na segunda-feira. No primeiro momento, a venda será liberada apenas para os membros do “Nação rubro-negra”. Na terça-feira, os demais torcedores também poderão adquirir entradas pela internet, e, na quarta-feira, os ingressos estarão disponíveis também nas bilheterias.
Os bilhetes custarão R$ 80, R$ 120 e R$ 200. Sócios rubro-negros terão direito à meia-entrada. Toda a renda do jogo ficará com o Flamengo.   
Confira os pontos de venda em Brasília:
Loja Grandes Torcidas (CLS 308 Bloco A Lojas 22/26 -  Asa Sul)
Loja Action Sports (CLS  309 Bloco C Loja 11 -  Asa Sul)
Loja do Torcedor (QSA 24 Lote 12 Loja 04 Comercial Sul Taguatinga)
Loja Futebol Arte (QS 06 Conjunto 03 Loja 41 – Riacho Fundo 1)
Bilheteria do Ginásio Nilson Nelson
SRPN Centro Aquático
Ginásio Cláudio Coutinho

Atuações do Fla: Paulinho dá o passe para o gol e recebe a maior nota

Jogador fez bela jogada antes de lançar Marcelo Moreno no amistoso contra o São Paulo, em Uberlândia. Boliviano teve boa avaliação também

FELIPE - GOLEIRO
Alguns pequenos vacilos em bolas recuadas, mas nada comprometedor. Se mostrou atento em contra-ataques do São Paulo. Bela defesa em chute de Ademilson no fim.
Nota: 6.5
LÉO MOURA - LATERAL-DIREITO 
Pouco efetivo no ataque, desperdiçou pênalti quando a partida estava 0 a 0. Na defesa, cumpriu seu papel.
Nota: 5.5
WALLACE - ZAGUEIRO 
Boa participação. Esperto, cumpriu o seu papel e ainda fez boa cobertura em jogada onde González foi facilmente driblado por Osvaldo.
Nota: 6.5
MARCOS GONZÁLEZ - ZAGUEIRO 
Atuação tranquila. Sofreu um pouco com Osvaldo, mas no geral foi bem, principalmente no combate direto.
Nota: 6.0
JOÃO PAULO - LATERAL-ESQUERDO
Participou bastante do jogo, mas não foi bem. Cruzamentos e chutes ruins. Levou perigo em conclusão de fora da área, mas mostrou pouco.
Nota: 5.0
CÁCERES - VOLANTE 
Cumpriu bem o seu papel. De volta ao time após três meses, foi bem na marcação e simplificou nos passes.
Nota: 6.0
DIEGO SILVA - VOLANTE
Discreto e eficiente, como um volante de marcação deve ser.
Nota: 6.0
ELIAS - VOLANTE
Como de costume, o motor da equipe. Quase todas as jogadas passam por seus pés para fazer o jogo girar. Não apareceu tanto no ataque.
Nota: 6.5
GABRIEL - MEIA
Discreto. Do quarteto ofensivo ao lado de Marcelo Moreno, Paulinho e Carlos Eduardo, foi quem menos participou do jogo. Brilho somente em um passe que deixou Moreno na frente de Rogério Ceni no primeiro tempo.
Nota: 6.0
VAL - VOLANTE 
Fez o seu papel no meio-campo sem aparecer muito. Ajudou a administrar a posse de bola com passes certeiros.
Nota: 6.0
PAULINHO - ATACANTE 
De longe, o melhor em campo. Incansável, correu de um lado para o outro, não fugiu do jogo e participou dos melhores lances da equipe. Linda jogada para o gol de Marcelo Moreno e boas finalizações.
Nota: 7.5
RAFINHA - ATACANTE 
Pouco tempo em campo.
Sem nota
CARLOS EDUARDO - ATACANTE 
Mais participativo do que vinha sendo, mas ainda bem abaixo do que se espera dele. Alguns bons passes pelo meio e aparições pelas pontas, mas sem muito destaque.
Nota: 6.0
NIXON - ATACANTE 
Participou pouco da partida. Entrou com o time já em ritmo mais lento.
Nota: 5.5
MARCELO MORENO - ATACANTE 
Fez o que dele se espera: gol. Desperdiçou boa oportunidade no primeiro tempo, mas decidiu a partida após passe de Paulinho. Seguiu à risca o pedido de Mano, permanecendo quase sempre na linha dos zagueiros.
Nota: 7.0
HERNANE - ATACANTE 
Pouco tempo em campo.
Sem nota
TÉCNICO

MANO MENEZES 
Apresentou um Flamengo nitidamente mais arrumado e preocupado com a posse de bola. Se a atuação da equipe não chegou a ser muito animador, a consciência tática foi evidente. Ofensivamente, Paulinho e Marcelo Moreno funcionaram; Carlos Eduardo em nova função participou mais do jogo e a defesa mostrou segurança.
Nota: 7.0

Levanta, senta, grita e vibra: os primeiros 90 minutos de Mano no Fla

Com incontáveis idas do banco à linha lateral, técnico vai da inquietação no primeiro tempo para calmaria na etapa final em estreia vitoriosa



Levanta, senta, vai, volta, grita, aplaude, vibra e se cala. Mano Menezes foi intenso nos primeiros 90 minutos comandando o Flamengo em um jogo. Na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, sábado, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, incontáveis foram as vezes em que o treinador realizou o percurso do banco de reservas até a linha lateral do campo. Um vai e vem constante, marcado por simpatia com uma gandula, João Paulo como alvo mais constante, o auxiliar Sidnei Lobo dividindo o espaço de “confidente” com o lateral Ramon e a tecnologia presente com o uso de um tablet para análises táticas.

No debute pelo Flamengo, Mano oscilou de uma inquietação nos 45 minutos iniciais para uma postura bem mais calma na etapa final. O primeiro gol foi celebrado com movimentos de braços com a mão fechada, seguidos de um cumprimento a Moreno, o autor. Celebração bem mais efusiva do que a pela primeira vitória. Ao apito final, a feição era de seriedade. Com o dever inicial cumprido, era hora de pensar no futuro, em uma nova “primeira vez”. Agora, em uma partida oficial, contra o Coritiba, sábado, em Brasília, pela sexta rodada do Brasileirão. Ao lado do treinador, no gramado do estádio em Uberlândia, o GLOBOESPORTE.COM flagrou todas as reações na primeira vez do gaúcho pelo Rubro-Negro.

Primeiro 45 minutos inquietos


O primeiro ato de Mano Menezes no comando do Flamengo em um jogo foi distribuir sorrisos e simpatia aos jornalistas. Enquanto os jogadores aqueciam em campo ainda à espera do São Paulo, o treinador deu entrevistas, acenou para o torcedor e fez questão de frisar a importância do primeiro teste:
- Em um início de trabalho temos que valorizar tudo. Cada treino, cada jogo.
Com as duas equipes em campo, Mano foi ao banco de reservas adversário rival cumprimentar a comissão técnica do São Paulo antes de retornar ao seu local para a execução do Hino Nacional. O jogo começou e o treinador estava sentado, ao lado do auxiliar técnico Sidnei Lobo. O panorama, no entanto, não durou muito, e ele levantou abrindo os braços como quem não entendesse péssima cobrança de falta de João Paulo, aos dois minutos. Já aos quatro, foi a vez de deixar o banco e seguir para a área técnica. Ao ver uma gandula no local, foi bem humorado ao pedir liberdade:
- O espaço aqui é meu – disse sorrindo.
A postos na beira do campo, o primeiro jogador a receber orientação foi Marcelo Moreno, com pedidos de movimentação entre os zagueiros do São Paulo. Já João Paulo foi quem mais recebeu comandos do treinador. Próximo a Mano na lateral esquerda, foram muitos os gritos de “volta”, “marca”, “boa” e, principalmente, “Joãããããão” para chamar a atenção. O camisa 16 ao menos escapou da primeira bronca, que caiu na conta de Paulinho, ao dar um passe errado para Moreno quando o técnico queria que a jogada fosse aberta pela direita.
Mano demonstrou preocupação também com a saída de bola da defesa para o ataque e pedia jogadas de ultrapassagens quando o time chegasse na intermediária adversária. Em determinado momento, gritou para destinatário não identificado:
- Segura a bola e deixa ele passar para depois tocar
O treinador também cantava jogada, como em bom cruzamento de João Paulo para Paulinho:
- Vai, João! Vai, João - pedindo que o lateral arrancasse para a linha de fundo.
No mesmo lance, apontou e aplaudiu Carlos Eduardo por encontrar bem o lateral livre na esquerda. Apesar de melhor em campo, o Flamengo criava pouco, e deu início a uma rotina de senta e levanta e caminha de um lado para o outro quase que incessante do treinador. Como se marcasse no relógio a cada três minutos, a partir dos 19 Mano foi ao banco de reservas e retornou para área técnica sete vezes, até que ficou em definitivo aos 39.

Sentado, o treinador dialogou bastante com Sidnei Lobo e um personagem surpreendente: Ramon. Por algumas vezes, o lateral comentou jogadas com o novo chefe. Aos 26, o gaúcho perdeu as estribeiras pela primeira vez. Depois de péssima cobrança de escanteio de Carlos Eduardo, virou para Sidnei e disse irritado:
- Foi só um e ele não fez a curta! – reclamando do camisa 20 não ter tocado ao companheiro mais próximo em vez de cruzar.
Erros de passes também tiravam a calma, e aos 30 Mano soltou para o ar um sonoro:
- Eliaaaaaaas!
Para Cáceres, o pedido foi de calma na condução de bola:
- Carrega, carrega.
Foi o último ato antes do intervalo. Dos 39 ao apito final, o treinador permaneceu sentado e dialogando com seu auxiliar até seguir em silêncio para o vestiáSegundo tempo: tablet, silêncio e ‘muito bom’ para Paulinho
O segundo tempo apresentou um Mano menos agitado. Logo no primeiro minuto, acomodado no banco, mandou os reservas para o aquecimento e reagiu ao ver Carlos Eduardo agachado no gramado reclamando de dor após pancada na canela.
- Vamos! Vamos, Carlos! Vamos!
Aos dois minutos, levantou-se para ir na área técnica, mas rapidamente voltou. Já aos quatro, puxou um tablet e começou a conversar com Sidnei Lobo, como se discutissem questões táticas. Em cobrança de escanteio, três minutos depois, correu para a beira do gramado para reclamar de um posicionamento errado no bico da área, que poderia expor a equipe a contra-ataques, mas foi surpreendido pela marcação de pênalti em Cáceres. Retornou para o banco, sentou e sequer esboçou reação ao ver Denis defender a cobrança de Léo Moura.rio.

O primeiro momento de vibração estava guardado para os 12. Ainda do banco, onde permaneceu por quase todo o segundo tempo, comemorou balançando os braços com a mão fechada o gol de Marcelo Moreno, o primeiro do Flamengo sob seu comando. Foi até a linha lateral e recebeu um cumprimento do boliviano.
As primeiras substituições aconteceram aos 23, três minutos depois de mandar Sidnei chamar Nixon, Diego Silva e Val, que entraram nas vagas de Gabriel, Cáceres e Carlos Eduardo. De pé, cumprimentou um por um dos que saíram, sempre com a mesma palavra: “Bom!”. Um elogio um pouco maior estava guardado para os 33, quando Paulinho deu lugar a Rafinha. Ao receber o atacante, Mano apertou sua mão e disse:
- Muito bom, Paulinho!
De volta ao banco, conversou rapidamente com os jogadores substituídos e observou quase que em silêncio o fim da partida. Ao ver João Paulo caído no campo já aos 47, levantou-se pela última vez. Até que Alício Penna Júnior colocou um ponto final no duelo. Na mistura de emoções que gerou um senta e levanta, grita e se cala tão grande, Mano saiu vencedor no “muito prazer” ao torcedor do Flamengo.